Cotações globais do cereal seguem sob influência do primeiro embarque de grão da Ucrânia.

Depois do excesso de chuva que trouxe preocupação no período do plantio do trigo, o momento é de boas condições no Rio Grande do Sul. E, no conjunto de fatores que impactam o bolso do produtor, a atenção tem se voltando às oscilações vindas do mercado externo. Ainda sob efeito da expectativa de fluxo aos embarques de grãos da Ucrânia, as cotações do cereal seguiram em baixa na Bolsa de Chicago.

— Com relação ao trigo e ao milho, o primeiro embarque (da Ucrânia) ajuda a empurrar (para baixo) — reforça Índio Brasil dos Santos, sócio-diretor da Solo Corretora.

A projeção é de que existe espaço para redução no valor do trigo, mas Santos entende que se está “perto do piso”.

Na tentativa de assegurar renda, até pela frustração com a colheita de verão, a opção de venda futura foi um recurso adotado, no Estado. Levantamento com empresas que integram a Associação das Empresas Cerealistas do RS (Acergs) aponta que 27,9% da safra de inverno havia sido comercializada até julho.

— O produtor está vendo que a alternativa para manter renda é escoar pelo menos parte da produção — avalia Roges Pagnussat, presidente da Acergs.

A variedade no cardápio de opções de venda é outro ponto considerado importante, acrescenta o dirigente. Aos moinhos adicionou-se a oportunidade da indústria de proteína animal, pela produção de etanol e, ainda, as exportações.

 

Fonte: Portal Plural / André Christensen Garcia