Mais de 30 americanos de uma organização educacional do Kansas estão de passagem pelo Brasil para entender como funciona o agronegócio nacional.
O Rio Grande do Sul mostra nesta semana a um grupo de mais de 30 produtores dos Estados Unidos o “jeito gaúcho de fazer o agro”. Liderada por dois brasileiros, a comitiva do The Kansas Agriculture and Rural Leadership, organização educacional do Estado americano focada em formar líderes do setor, visita áreas de produção, da pecuária de corte a vinícolas no Estado.
De acordo com um dos organizadores da viagem, Carlos Bonini Pires, a ideia era proporcionar uma conversa "de produtor para o produtor". Mas, afinal, por que o Brasil?
— Sem dúvida nenhuma, por causa da sustentabilidade do agronegócio brasileiro. É algo que os Estados Unidos tem muito o que aprender. Buscamos produtores-chaves nesse sentido — afirmou Pires.
A primeira parada foi na Cabanha Soldera, em Panambi, no Noroeste. Com 1,5 mil animais registrados, mais outra parcela de gado comercial, a propriedade tem como manejo a rotação de pasto e o sistema de Integração Lavoura-Pecuária (ILP) — motivo pelo qual foi selecionada para visitação. O que, segundo Leonardo Soldera, filho do Didi, um dos proprietários, chamou bastante a atenção.
— Nos Estados Unidos, é muito forte o manejo extensivo e o confinamento. E eles adoraram o churrasco gaúcho. Adoraram a carne "criada a pasto" — detalha.
Outra realidade da cabanha que atraiu os gringos foi o campo experimental da propriedade. É onde a Soldera testa produtos antes de aplicar na lavoura, por exemplo.
— Também ficaram impressionados com a dimensão do agronegócio brasileiro. Viram muitos jovens na atividade, que disseram que serão os impulsionadores do setor no futuro — acrescenta Soldera.
A comitiva passou também pela região do Vale dos Vinhedos, para conhecer a produção de vinhos gaúchos. Em outros Estados, conheceu plantios de flores (café e laranja em São Paulo, confinamento de bovinos e culturas de soja e arroz no Mato Grosso).
Fonte: GZH / CAROLINA PASTL