Equipe vem verificar o serviço veterinário oficial, em etapa que pode resultar no reconhecimento do Estado como zona livre de aftosa sem vacinação.

Agora é oficial. A missão de técnicos da China para o Estado está marcada para o dia 4 de março. Essa é a data em que a equipe da Administração Geral de Aduanas da China (GACC, na sigla em inglês) tem previsão de desembarcar na capital gaúcha. O grupo vem para verificar de perto a estrutura do serviço veterinário oficial. A etapa é a última no processo para que o país asiático endosse o reconhecimento do Rio Grande do Sul como zona livre de aftosa sem vacinação. 

A condição traz a perspectiva de ampliação desse importante mercado, para onde já é enviada proteína animal. Com a validação, seria possível exportar, por exemplo, carne suína com osso e miúdos.

A inclusão desses itens têm o potencial, segundo estimativas, de acrescentar US$ 100 milhões em receita aos embarques. A comitiva tem no roteiro um dia em Porto Alegre, onde será apresentada à estrutura que o Estado tem para a sanidade animal. No dia seguinte, deve visitar uma propriedade na Fronteira.

– A China era muito aguardada pelo mercado que representa. Estamos prontos, organizados para apresentar o serviço veterinário oficial – afirma Márcio Madalena, secretário-adjunto da pasta Estadual da Agricultura.

Feita essa visita, um relatório será produzido. Não há determinação de prazo para que isso seja feito. Mas a decisão de enviar a missão é considerada como um indicador positivo. Madalena também entende que a missão gaúcha que esteve na China no final do ano passado, liderada pelo vice-governador, Gabriel Souza, também foi importante para o avanço das tratativas.  O RS obteve a certificação de livre de aftosa sem vacinação da Organização Mundial de Saúde Animal em maio de 2021. A abertura e a ampliação de mercados depende, no entanto, de negociações individuais.

Fonte: GZH / Gisele Loeblein